sexta-feira, 19 de março de 2010

Fime 'Criação' mostra conflito pessoal de Charles Darwin com a religião

Longa-metragem estréia no Brasil nesta sexta-feira (19).  Obra conta como morte da filha alterou a vida do cientista.

Um filme que estréia nesta sexta-feira (19) no Brasil promete renovar a imagem do velhinho de barbas brancas pela qual a maior parte das pessoas conhece o cientista inglês Charles Darwin.

“Criação”, dirigido por Jon Amiel, conta como a morte de uma filha e a religiosidade da esposa de Darwin influenciaram a concepção da obra “A origem das espécies” – livro que revolucionou a biologia e desafiou dogmas da igreja. O roteiro, baseado na história real, foi escrito por John Collee e inspirado no livro "Annies's box", do ambientalista inglês Randal Keynes, tataraneto de Darwin.

A história se passa em meados do século XIX na pacata – e um tanto assombrada – Down House, a casa de campo em que a família vivia na Inglaterra. Ali o cientista instalou seus laboratórios e criou dez filhos, entre eles a precoce Anne Darwin (Martha West), que ainda pequena encantava o pai com seu interesse pelas plantas e animais.

Darwin (Paul Bettany) já havia rodado o mundo a bordo do navio H.M.S. Beagle e se debruçava sobre a escrivaninha para escrever sua obra quando Anne (Martha West), aos dez anos, ficou doente e morreu.

O episódio deprime o cientista e abre uma crise entre ele e sua esposa, Emma Darwin (Jennifer Connelly). A morte da filha também abala a fé do naturalista, que se sente mais encorajado a publicar suas teorias sobre a evolução. Ao mesmo tempo, o afastamento da igreja aumenta os problemas entre Darwin e Emma, profundamente religiosa.

Igreja x Ciência

O filme não é um arauto da razão contra a fé, mas deixa claro que a obra de Darwin abalaria para sempre algumas teorias da igreja, como a tese do Criacionismo, segundo a qual o homem e os animais teriam sido criados por Deus com sua anatomia atual, e não evoluído de formas primitivas e comuns a todos os seres vivos, como sugeriu o cientista.

O nome “Criação”, além de evocar o Criacionismo, lembra o processo de geração de “A Origem das Espécies”, e a até mesmo a criação da pequena Annie.

Viagens

Quem gosta de história da Ciência irá se entusiasmar com alguns flashes do filme de Jon Amiel. Entre as digressões que ilustram o roteiro estão trechos da viagem do H.M.S. Beagle, em especial sua passagem pela Argentina. Também aparecem no longa-metragem o biólogo Thomas Huxley e o botânico Joseph Hooker, apoiadores das teorias de Darwin.


Iberê Thenório Do G1, em São Paulo

segunda-feira, 8 de março de 2010

"A excelência do pastorado"

“Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja” - 1 Timóteo 3.1

Ser Pastor. A cada dia o ministério pastoral tem se tornado um ministério difícil, não que tenham aumentado os aspectos ministeriais em si, mas sim por um fato que entristece: a falta de dignidade de algumas pessoas que se intitulam pastores. Sim, de alguns que se intitulam, pois não foram conduzidos ao ministério pastoral pelo reconhecimento da igreja e pela sua forma de agir como crentes. Entretanto, Deus deve ser louvado pelos verdadeiro pastores, chamados pelo Senhor para este ministério.

No segundo domingo do mês de junho é celebrado o Dia do Pastor, data na qual, entre tantas outras, separamos como batistas para agradecer a Deus por aqueles que aceitaram o seu chamado para o exercício do ministério pastoral.

Ninguém ingressa no ministério sem que tenha a sua vontade direcionada, trabalhada e persuadida para o mesmo. Este direcionamento da vontade é fruto da chamada de Deus, o que é um fator decisivo. Ninguém pode, como tentou Simão (Atos 8.18-19), comprar um dom espiritual. Deus chama e trabalha na vontade humana, direcionando-a ao ministério. A declaração doutrinária da Convenção Batista Brasileira diz no capítulo 11 sobre o Ministério da Palavra: “Todos os crentes foram chamados por Deus para a salvação, para o serviço cristão, para testemunhar de Jesus Cristo e promover o seu Reino, na medida dos talentos e dos dons concedidos pelo Espírito Santo. Entretanto, Deus escolhe, chama e separa certos homens, de maneira especial, para o serviço distinto, definido e singular do ministério da sua palavra. O pregador da palavra é um porta-voz de Deus entre os homens. Cabe-lhe missão semelhante àquela realizada pelos profetas do Velho Testamento e pelos apóstolos do Novo Testamento, tendo o próprio Jesus como exemplo e padrão supremo”.

A chamada envolve a aceitação de alguns atributos, de alguns postulados indispensáveis ao exercício do ministério pastoral: fidelidade consciente à Palavra de Deus, crença inabalável no valor da alma humana, convicção firme de que fora de Cristo não há salvação, reconhecimento de que existe um inimigo pessoal e dedicação completa da vida ao Espirito Santo. O ministério pastoral é uma obra de excelência e exige caráter cristão maduro e estável e uma vida pessoal boa e ordenada. Não há pastores perfeitos, mas o pastor há de ser alguém que persegue a perfeição, já que a obra do Ministério da Palavra é uma obra excelente, que exige excelência. O pastor tem como seu modelo e exemplo Jesus Cristo, o que faz com que tenha a incumbência de apascentar o seu rebanho e treiná-lo no serviço da igreja. Já a igreja tem a missão de expandir o Reino de Deus. Os pastores vão e vem, mas a igreja, como corpo de Cristo, permanece. Quando o pastor é fervoroso, ativo e eficiente os membros da igreja são espiritualmente vigorosos e ativos. Daí a importância da pregação pastoral. É neste sentido que o apóstolo Paulo desenvolve a doutrina do ministério cristão no texto de 2 Coríntios 2.14 a 7.16. Sem a convicção inabalável da incumbência divina ninguém deve entrar no serviço ministerial.

Com a certeza da sua vocação, a experiência do poder do Evangelho na sua vida, o amor ao povo e o desejo ardente de servir como embaixador de Cristo, o pastor terá prazer no estudo das Escrituras, no preparo dos sermões para a orientação de conforto espiritual do seu povo e no desenvolvimento da sua igreja no cumprimento da missão.

Celebramos a Deus graças neste domingo porque muitos têm atendido ao seu chamado para o ministério e a vida pastoral. Deus os abençoe mais e mais a cada dia.



Da redação



segunda-feira, 1 de março de 2010

" Se pecamos, pecamos. E ponto"

Um parlamentar, meses depois de ter sido filmado enchendo de notas de dinheiro de propina a parte inferior do corpo onde a maioria das pessoas usa meias, renunciou. Ao comunicar sua saída voluntária (e possivelmente temporária) da política, admitiu que errou e que foi vítima do sistema. Quem renuncia não pode ser cassado e, assim, ficar proibido de disputar novas eleições por vários anos.


O comportamento é emblemático da natureza humana e pode nos incluir.

Primeiro, erramos, mas, muitas vezes, só admitimos o erro quando somos descobertos. É como se o pecado se tornasse pecado só quando descoberto.

Até pedimos desculpas, mas caímos atirando, ao pormos a culpa no sistema (todo mundo faz) ou nos outros.

Pedimos desculpas, esperando que sejamos premiados (com elogios por termos tido a coragem de pedir desculpas ou perdão).

O pedido de perdão verdadeiro é filho do arrependimento verdadeiro. Pecamos. Ponto.

Fora disso é manipulação. Nossa e dos outros.
 
 
Israel Belo de Azevedo
 
 
Extraído de :  http://www.prazerdapalavra.com.br/